Entre os anos de 1957 e 1975, durante a Guerra Fria, os Estados Unidos e a União Soviética começaram uma competição de tecnologia espacial, considerada pela maioria do público como um dos maiores e mais emocionante episódio da exploração espacial. De um lado, tínhamos um bloco capitalista e outro socialista, a ordem bipolar lançava uma grande questão para a opinião pública internacional: Qual destes dois modelos de desenvolvimento seria realmente o mais eficiente?
A partir deste ponto, encontramos norte-americanos e soviéticos tentando defender com todos os argumentos possíveis sua posição política e econômica. Entre tais meios, encontramos o desenvolvimento das ciências astronômicas, campo este que se transformou no lugar mais agitado para tal competição. Resultado do desenvolvimento da tecnologia militar, a conquista do espaço só foi realmente possível a partir do momento em que foram projetados foguetes com capacidade de superarem a órbita do nosso próprio planeta.
Tal conquista poderia abrir portas para o controle de tecnologias que poderiam influenciar na economia socialista e comunista. Lançamentos de satélites e a exploração dos astros significavam descobertas cientificas inimagináveis e incríveis. Contudo, acreditavam que a exploração e conquista do espaço poderia determinar a hegemonia de alguns blocos integrantes da ordem bipolar, ou seja, das duas potencias existentes no mundo naquele tempo: Estados Unidos e União Soviética.
Em 1950, os Estados Unidos e a União Soviética anunciaram o interesse de lançarem satélites que pudessem ampliar a quantidade de informações sobre nosso planeta. Os soviéticos, mais eficazes na disputa, lançaram em 4 de outubro de 1957 o satélite Sputnik I, já os Estados Unidos, sentindo-se pressionados com a vitória comunista, em 31 de Janeiro de 1958, lançaram o Explorer I no espaço.
Com as comparações dos feitos espaciais, os dois países viabilizavam meios para decidir quem seria o primeira a dar um passo adiante do outro. Os soviéticos iniciaram o projeto Vostok e os Estados Unidos iniciaram o projeto Mercury, apesar de representarem lados antagônicos, as duas potências sonhavam com a realização da primeira viagem espacial com tripulação humana.
Em 12 de Abril de 1961, os soviéticos saíram na frente com o lançamento do cosmonauta Yuri Gagarin para uma viagem em torno do planeta. Os Estados Unidos, em resposta, lançou o astronauta Alan Shepard, um mês após a data do soviético, para uma rápida viagem de quinze minutos em torno da Terra. Apesar da intenção de se igualarem em tecnologia e ousadia, os feitos norte-americanos eram menos expressivo que a conquista dos soviéticos.
Para colocar um ponto final a questão, as duas nações voltaram-se para estudos que permitiam uma espaçonave tripulada pousar em pleno solo lunar. Dessa vez, os americanos conseguiram realizar um projeto de maior eficiência, enquanto os russos lançavam satélites que alcançavam a órbita lunar e acumulavam várias horas de vôo em torno do nosso planeta. Em 1969, a corrida espacial chegava ao fim, quando o foguete americano Apollo 11 levou os primeiros astronautas à Lua.
Veja o vídeo do primeiro homem a pisar na lua:
Com o fim da competição, russos e norte-americanos uniram-se para que a exploraçã espacial fosse ampliada em projetos de cooperação. O projeto Apollo Soyuz, foi um teste desta união, uma espaçonave norte-americana transportou um módulo de acoplagem que permitiu a ligação com a espaçonave russa Soyuz, com isso, a disputa pelo espaço perdia a capacidade de simbolizar as grandes disputas bipolares.