As primeiras mudas de cana-de-açucar chegaram ao Brasil pelas mãos de Martin Afonso de Sousa. O produto foi introduzido em São Vicente, onde estabeleceu-se o primeiro engenho do país.
Com o passar do tempo, o açucar tornou-se produto popular e lucrativo e os engenhos se multiplicaram pelo litoral brasileiro. No período da colonização portuguesa, o preparo do açúcar configurava a principal atividade econômica do país, garantindo a riqueza colonial.
O açúcar produzido no Brasil era exportado. Os principais produtores estavam localizados no litoral da Bahia e de Pernambuco, onde também eram fabricados os melaços, a rapadura e a cachaça.
Os engenhos do período açucareiro eram formados por edificações que contavam com uma casa grande grande, uma capela e uma senzala.
No século XVI, o açúcar já era uma mercadoria de alta aceitação nos mercados europeus. A produção de açucar no Brasil foi favorecida pelo clima quente e úmido.
A empresa agrocolonial brasileira optou pela monocultura escravista, trazendo mão-de-obra da África para trabalhar nas lavouras de cana-de-açucar. A produção se desenvolveu a partir da concessão de grandes propriedades rurais a donatários.
Os colonos recebiam a sesmaria para o cultivo e produção do açucar. Assim, os canaviais e os engenhos se espalharam pelo país.
O transporte do açúcar, do Brasil para Portugal, era controlado pelos holandeses. Com o tempo, as capitanias perderam espaço para a empresa nordestina de Pernambuco e Bahia, que se tornaram os grandes centros açucareiros do Brasil.
O processo de declínio da produção de açucar no Brasil começou a partir da expulsão dos holandeses do território nacional. Com a concorrência do açucar produzido nas Antilhas, que era vendido por um preço mais barato na Europa, o Brasil perdeu espaço no mercado internacional.
A concorrência pôs fim ao monopólio português sobre o açúcar. Depois da crise açucareira, no final do século XVII, começou o Ciclo do Ouro no Brasil.