Chiquinha Gonzaga foi a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. Conheça a história dessa importante pianista brasileira!
Francisca Edwiges Neves Gonzaga, mais conhecida como Chiquinha Gonzaga, foi uma importante compositora, pianista e regente brasileira. Ela nasceu em 17 de outubro de 1847, no Rio de Janeiro.
Chiquinha era filha do militar José Basileu Neves Gonzaga com a mulata Rosa Maria de Lima. Desde menina, ela demonstrou interesse e amor pela música. Aos 9 anos, Chiquinha Gonzaga ganhou seu primeiro piano, e aos 11 compôs sua primeira música.
Os valores da sociedade de sua época a obrigaram a se casar muito jovem. Aos treze anos de idade, Chiquinha Gonzaga seu uniu ao oficial da Marinha Mercante Jacinto Ribeiro do Amaral.
Chiquinha teve seu primeiro filho, João Gualberto, aos 16 anos, e no ano seguinte nasceu sua filha Maria. Apenas três anos depois do casamento, Chiquinha Gonzaga decidiu se separar para seguir sua vocação musical.
Chiquinha se envolveu amorosamente com João Baptista de Carvalho, com quem teve sua filha Alice Maria. Em 1876, a união chegou ao fim e Chiquinha passou a se dedicar apenas à carreira artística.
O primeiro grande sucesso da compositora veio em 1877, com a polca “Atraente”. Chiquinha Gonzaga alcançou uma boa reputação na música e tornou-se a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil.
Além de ter sido uma excelente artista, Chiquinha também se dedicou à causa da libertação dos escravos e à campanha pela proclamação da República.
Em 1899, Chiquinha compôs sua primeira marcha carnavalesca, “Ó Abre Alas”. Em 1902, ela viajou para a Europa. Quando voltou ao Brasil estava envolvida amorosamente com João Batista, um homem 36 anos mais jovem do que ela.
Chiquinha Gonzaga escreveu sua última partitura em 1933, aos 85 anos de idade. Ela morreu em 28 de fevereiro de 1935.
A artista deixou mais de 2.000 composições, entre valsas, polcas, tangos, maxixes, fados e serenatas. Os maiores sucessos de sua carreira foram as músicas “Ó Abre Alas”, “Faceiro”, “Falena” e “Lua branca”.