Os pesquisadores estão avançando no entendimento da cura funcional da Aids, em que o vírus passa a ficar controlado no organismo.
No dia 3 de março de 2013, médicos e pesquisadores anunciaram a primeira cura funcional da Aids. O caso aconteceu com uma criança que havia sido tratada com medicamentos desde seu nascimento. O bebê tinha nascido de uma mãe infectada pelo vírus.
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A cura funcional significa que o vírus do HIV não foi completamente eliminado do organismo, mas ele passa a ficar indetectável e controlado.
A pesquisa foi feita no Centro da Criança Johns Hopkins, por cientistas da Universidade do Mississippi e da Universidade de Massachusetts. Os medicamentos antirretrovirais administrados nas primeiras horas de vida do bebê foram eficientes. 18 meses depois, a criança não precisava mais tomar os medicamentos e não apresentava mais sinais da doença.
Os médicos acreditam que essa descoberta possa beneficiar bebês infectados pelo HIV. Outros estudos serão feitos para determinar se o procedimento também é eficaz para outras crianças.
Pesquisadores franceses também estudam casos de cura funcional da Aids em adultos. O estudo foi realizado por médicos do Instituto Pasteur.
Nessa pesquisa, 14 adultos foram monitorados e receberam medicamentos de combate ao vírus do HIV nas dez primeiras semanas depois de terem sido infectados pela doença. Nesses casos, a cura funcional também foi detectada e, depois de três anos, o tratamento foi interrompido e os remédios retirados.
Esses adultos continuavam com sinais de HIV no sangue, mas a carga viral se apresentava muito baixa e controlada.
Os dois estudos mostram a importância da intervenção medicamentosa logo no início da infecção pelo vírus da Aids. Esse cenário reduz os reservatórios virais e preserva as respostas imunes dos pacientes, fatores que podem levar à cura funcional.