A Insurreição Pernambuca foi uma revolta contra o domínio holandês na região de Pernambuco. O movimento começou em 1645, sob o comando de João Fernandes Vieira e do índio-guerreiro Antônio Felipe Camarão.
Nesse período histórico, a Holanda estava endividada e buscava recursos financeiros na exploração da sociedade pernambucana. O governo holandês passou a cobrar os empréstimos que havia concedido às elites rurais de Pernambuco e quem não pagava os débitos tinha sua terra e seus bens apreendidos.
Os holandeses invadiram o território brasileiro para criar pólos de exploração açucareira no Nordeste. A colônia holandesa no Brasil era administrada por Maurício de Nassau.
Os empréstimos feitos pelos holandeses aos fazendeiros pernambucanos tinham como destino o financiamento da produção dos senhores-de-engenho. Quando o governo holandês passou a cobrar as dívidas dos senhores-de-engenho, os nordestinos ficaram revoltados e começaram um movimento de resistência. Os conflitos foram chamados de Insurreição Pernambucana e reuniram colonos, índios e negros contra os holandeses.
De início, as tropas luso-pernambucanas venceram a Holanda. As duas principais batalhas desse período foram a Batalha das Tabocas e de Guararapes, que contribuíram para diminuir o poder holandês em território brasileiro. Diante das ofensivas, os holandeses encerraram o período de dominação.
A Insurreição Pernambucana foi definitivamente vencida pelos brasileiros após a derrota da Holanda na batalha de Campina da Taborda.
Por ter aceito a proposta do governo português de retirar suas tropas do nordeste brasileiro, a Holanda recebeu uma indenização de 63 toneladas de ouro. Esse acordo foi assinado em 1661 e recebeu o nome de Tratado de Haia.
Ao serem expulsos do Brasil, os holandeses seguiram para as Antilhas.