A vinda de médicos cubanos para o Brasil causou muita polêmica e questionamentos. Entenda a situação desses profissionais no programa Mais Médicos!
O Ministério da Saúde do Brasil lançou em 2013 o Programa Mais Médicos, que tem o objetivo de melhorar as condições de atendimento no SUS – O Sistema Público de Saúde. A principal meta do programa é aumentar o número de médicos disponíveis para atendimento na rede pública de cidades do interior do Brasil.
Para garantir esse atendimento básico, o Brasil abriu uma seleção para que médicos estrangeiros pudessem atuar na rede pública de saúde. O programa atraiu profissionais de vários países, inclusive de Cuba.
O governo brasileiro firmou uma parceria com o governo cubano para trazer cerca de 4 mil médicos de Cuba para o Brasil. Os médicos estrangeiros serão contratados para atuar nas cidades que não atraíram profissionais brasileiros.
Logo no início do Programa Mais Médicos, 400 profissionais de Cuba vieram para o Brasil. Esses primeiros profissionais não foram bem recebidos pela classe médica brasileira. O Conselho Federal de Medicina também se posicionou contrário à contratação dos médicos cubanos sem a revalidação do diploma no Brasil.
Outra questão polêmica envolvida na contratação dos médicos cubanos é o tipo de acordo feito pelo Ministério da Saúde com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que vai intermediar o acordo com o governo cubano. Muito políticos de oposição questionam o valor dos salários dos médicos cubanos, já que parte do dinheiro irá para o governo de Cuba e não para os profissionais.
Os médicos do programa terão um registro provisório de três anos para atuar na atenção básica à saúde e no programa Saúde da Família.
O Brasil vai investir R$ 511 milhões até fevereiro de 2014 com a vinda dos médicos cubanos. O governo pagará R$ 10 mil mensais por médico à Organização Panamericana de Saúde, que vai repassar o valor diretamente ao governo de Cuba. Assim, fica a critério do governo cubano definir quanto cada médico receberá mensalmente.
A maioria dos médicos cubanos vai atuar nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, em áreas que têm os piores indicadores socioeconômicos do país.