As capitanias hereditárias foram uma forma de administração adotada pelo império português no Brasil. O sistema funcionava pela doação de terras para sua colonização e exploração. No país o sistema vigorou entre os séculos 16 e 18. Chamavam capitanias hereditárias por que o comando do lote de terra e sua exploração era passado de pai para filho.
A primeira capitania hereditária brasileira foi a de São João, implantada em 1504.
No geral, o Brasil contou com 12 capitanias hereditárias. Seus beneficiários eram da nobreza portuguesa.
As capitanias eram: duas Capitanias do Maranhão, Capitania do Ceará, Capitania do Rio Grande, Capitania de Itamaracá, Capitania de Pernambuco, Capitania da Baía de Todos os Santos, Capitania de Ilhéus, Capitania de Porto Seguro, Capitania do Espírito Santo, Capitania de São Tomé, Capitania de São Vicente, Capitania de Santo Amaro e Capitania de Santana.
Alguns historiadores afirmam que o sistema de capitanias fracassou no Brasil, visto que somente as capitanias de Pernambuco e de São Vicente prosperaram. Nelas houve prosperidade com lavoura de cana-de-açúcar. Politicamente, seus donatários conseguiram manter os colonos e fazer alianças com os índios do local.
As capitanis que fracassaram atrasaram o desenvolvimento da terra. Cuidar de uma capitania era muito difícil. Os europeus tiveram dificuldade para lidar com o clima, o alto custo de investimento, falta de recursos humanos, ataques de tribos indígenas entre outros problemas.