Casos recentes de injúria racial nos estádios de futebol chamam a atenção para a necessidade de punições mais rígidas para quem comete esse tipo de crime. Saiba mais!
A história do futebol, infelizmente, é marcada por cenas de racismo. No Brasil, o tema voltou a ser discutido depois de casos marcantes na mídia envolvendo o jogador Arouca, do Santos; e o árbitro Márcio Chagas da Silva.
A presidente Dilma Rousseff se manifestou numa rede social, dizendo que não podemos tolerar casos de racismo no Brasil, o país com a maior população negra fora da África.
O racismo no futebol vem sendo combatido pela Fifa, mas os atos racistas continuam ganhando as manchetes do esporte. O volante Arouca, do Santos, foi agredido verbalmente em uma partida em Mogi Mirim. Durante o jogo, o atleta foi chamado de macaco por torcedores.
O ato de racismo da torcida do Mogi Mirim fez com que o clube fosse punido pelas autoridades esportivas, tendo o estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira, o Romildão, interditado por tempo indeterminado. A medida é uma forma de tentar coibir o racismo entre as torcidas de futebol.
Outro caso registrado em 2014 aconteceu no Campeonato Gaúcho, onde o árbitro Márcio Chagas da Silva foi xingado e encontrou bananas sobre o seu carro depois de um jogo entre Esportivo e Veranópolis, em Bento Gonçalves. Neste caso, o time do Esportivo será julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul, e pode ser punido com a perda de até nove pontos.
É preciso que a justiça desportiva e os clubes combatam a injúria racial de forma efetiva. Afinal, o esporte não combina com nenhum tipo de agressão, seja ela verbal ou física.