A Revolta da Vacina aconteceu no Rio de Janeiro em 1904, no início do período republicado brasileiro. A manifestação popular era contra uma campanha de vacinação obrigatória.
O governo federal havia determinado a vacinação contra a varíola para evitar uma epidemia da doença, já que nesse período da história brasileira o saneamento básico era precário e a população mais pobre vivia em cortiços.
A vacinação obrigatória foi uma determinação do então presidente Rodrigues Alves, que tentava colocar em prática um projeto de saneamento básico e reurbanização.
A campanha foi comandada pelo médico e sanitarista Oswaldo Cruz, que era chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública.
A vacinação foi colocada em prática de forma autoritária e com o uso de violência. Os agentes sanitários invadiam as residências para colocar em prática a vacinação contra a vontade da população.
Os revoltosos temiam os efeitos da vacina e por isso deram início a uma manifestação. A população também reclamava das mudanças implantadas no centro do Rio de Janeiro, que levaram a derrubada de muitos cortiços, e das diversas medidas sanitárias que se pautavam na violência com o discurso de acabar com as pestes e as doenças que ameaçavam as pessoas.
Durante a Revolta da Vacina, a população destruiu bondes, prédios públicos e trouxe o caos às ruas do Rio. O movimento foi tão intenso que obrigou o presidente Rodrigues Alves a revogar a lei da vacinação obrigatória no dia 16 de novembro de 1904.
Depois disso, o exército conteve os conflitos e a paz voltou ao Rio de Janeiro. A Revolta da Vacina deixou cerca de 110 feridos, 30 mortos e 945 pessoas na prisão.