O Ciclo do Ouro começou no final do século XVII, com a crise do comércio de açucar e a descoberta de minas de ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
Os bandeirantes iniciaram uma corrida pelo ouro que durou todo o século XVIII. As regiões auríferas do Brasil passaram a receber brasileiros e portugueses em busca do ouro.
A exploração das minas de ouro era um negócio caro, pois dependia de investimentos em mão-de-obra e equipamentos específicos. A cobrança de taxas e impostos pela coroa portuguesa também era alta, com a exigência do pagamento do quinto, imposto que era cobrado nas Casas de Fundição. O quinto era equivalente a 20% do valor do ouro encontrado que devia ser direcionado a Portugal.
Com essa prática de impostos, muitos começaram a sonegar e acabavam punidos ou presos.
Portugal também cobrava uma taxa de cada região aurífera. Quando as cidades deixavam de honrar com a quantia exigida, que era de 1.500 kg de ouro por ano, a coroa portuguesa determinava a execução da derrama, prática de enviar soldados para entrar nas residências e retirar os bens da população.
Essas práticas causaram conflitos e revoltas entre aqueles que viviam da exploração do ouro. Entre os conflitos que marcaram o ciclo do ouro, podemos citar a Revolta de Felipe de Santos e a Inconfidência Mineira.
O Ciclo do Ouro trouxe desenvolvimento para várias cidades, principalmente para os municípios de Vila Rica (atual Ouro Preto), Mariana, Tiradentes e São João Del Rei, em Minas Gerais.
O ciclo do ouro durou até 1785, período em que teve início a Revolução Industrial, na Inglaterra.
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