A guerra dos mascates envolveu comerciantes portugueses e latifundiários de Olinda.
A Guerra dos Mascates foi um conflito que teve início em 1710, após a emancipação de Recife como comarca de Olinda. Nesse período, grandes latifundiários e comerciantes portugueses começaram a disputar o poder central do estado.
O conflito começou num momento em que Recife estava se tornando um importante pólo urbano do Brasil, graças ao porto e ao comércio. Em contrapartida, a crise do açúcar do período fez com que os senhores de engenho de Olinda passassem a pedir empréstimos aos comerciantes de Recife. Essa situação causou preocupação na Câmara Municipal de Olinda e fez com que o governo local elevasse o preço dos impostos de seus contribuintes mercadores.
Em 1709, os mascates portugueses concedem a Recife o direito de ter sua própria Câmara Municipal. Em 1710, os olindenses invadem Recife e dominam temporariamente a câmara da cidade.
Nesse momento, os portugueses realizam uma investida militar contra os senhores de engenho. Assim, começa a guerra entre recifenses e olindenses.
Vendo a situação, a Coroa portuguesa decidiu intervir e exigir o fim dos conflitos. Félix José de Mendonça foi nomeado pela coroa para normalizar a situação. Para agradar os dois lados, Félix estabeleceu que Recife e Olinda deveriam revezar semestralmente a administração de Pernambuco.
Assim, em 1711, graças a intervenção da coroa portuguesa, que se posicionou em defesa da autonomia de Recife, a Guerra dos Mascates chegou ao fim.
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