O governo Collor levou o Brasil à recessão econômica e só causou insatisfação popular.
O governo de Fernando Collor de Melo foi controverso e muito polêmico. Exatamente um dia depois de ter assumido o poder, Collor anunciou várias medidas para reestruturar a economia nacional. No entanto, as determinações do recém-empossado presidente não agradaram à população.
As novas medidas econômicas, encomendadas por Collor à equipe que era encabeçada pela então ministra Zélia Cardoso de Mello, foram chamadas de Plano Brasil Novo, ou Plano Collor. A reforma incluia a extinção do cruzado novo e a volta do cruzeiro como moeda nacional, além do bloqueio, por dezoito meses, de todos os depósitos feitos em contas correntes e cadernetas de poupança que ultrapassassem 50 mil cruzados novos.
As medidas também desagradaram por determinarem o congelamento de preços e salários e o fim de subsídios e incentivos fiscais.
Outra determinação polêmica de Collor foi a de acabar com vários órgãos do governo, como a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste e o Departamento Nacional de Obras contra a Seca. O presidente também anunciou, na época, a venda de vários imóveis, veículos e aviões que eram propriedades do governo.
Segundo Collor, seu plano econômico tinha como objetivos enxugar a máquina administrativa do Governo, acabar com a inflação e modernizar a economia do Brasil. Logo de início, os resultados dessa reforma econômica não foram positivos.
Ao contrário de seus objetivos, O Plano Collor I levou ao aumento da inflação. Em seguida, veio o Plano Collor II, que enfrentou ainda mais oposição popular e empresarial, e que também fracassou.
Já em seu primeiro ano como presidente do Brasil, Collor levou o país à recessão econômica. Em maio de 1991, a ministra Zélia Cardoso de Mello pediu demissão, levando a uma situação ainda pior.
O novo ministro, Marcílio Marques Moreira, também não conseguiu acabar com a inflação. Assim, o Governo Collor foi considerado um desastre para a economia do Brasil.
O presidente jovem, que havia sido eleito depois de trinta anos sem eleições diretas para Presidente no Brasil, acabou sendo uma grande decepção para os brasileiros. Se durante a eleição Collor contava com a simpatia da população, depois de seu governo ele passou a ser odiado.
Collor era jovem, bonito e defendia em seus discursos o fim do favorecimento aos chamados “marajás”, funcionários públicos com altos salários. No entanto, com o tempo, Collor mostrou-se apenas um playboy de classe alta que queria ser presidente.
Em suma, o governo Collor só causou desemprego e insatisfação popular. Com o tempo, várias denúncias de corrupção surgiram na administração Collor. O esquema PC Farias foi o caso mais conhecido, em que Paulo César Farias, ex-tesoureiro da campanha do presidente, foi acusado de tráfico de influência, lavagem e desvio de dinheiro.
O próprio irmão de Fernando Collor, Pedro Collor, foi quem denunciou os esquemas de corrupção. A notícia gerou muita revolta contra o governo.
Uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito, foi instaurada para investigar a participação de Collor em esquemas de corrupção. Nesse momento, o povo brasileiro foi às ruas para pedir o impeachment de Collor.
No dia 29 de setembro de 1992 a Câmara dos Deputados votou o impeachment e, com 441 votos a favor, Fernando Collor de Melo foi retirado da presidência da República.
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