A expansão industrial brasileira do início do século XX deu força para a criação de vários sindicatos.
As organizações sindicais surgiram no Brasil no final do século XIX, motivadas por algumas transformações econômicas e sociais, como o fim da escravidão e a expansão do trabalho assalariado.
A primeira greve no Brasil aconteceu em 1858 e mobilizou os tipógrafos do Rio de Janeiro contra injustiças patronais e por melhores salários.
Com o advento da indústria, o Brasil passou a ganhar sindicatos divididos por ramos de atividade. No início do século 20, os trabalhadores brasileiros viviam uma realidade de jornadas de trabalho que duravam de 14 a 16 horas diárias. Essa exploração da força de trabalho resultou na criação de sindicatos.
Em abril de 1906, aconteceu no Rio de Janeiro, o 1º Congresso Operário Brasileiro, que contou com a presença de vários sindicatos. A partir desse evento nasceu a Confederação Operária Brasileira (COB), a primeira entidade operária nacional.
A partir da década de 30, o Brasil passou a ter uma estrutura sindical corporativista, dependente e atrelada ao Estado. Nesse momento, criou-se no país o Ministério do Trabalho, a Justiça do Trabalho e a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
A criação dos sindicatos oficiais, do imposto sindical e da política populista aconteceram durante o governo de Getúlio Vargas. Os sindicatos foram responsáveis por conquistas importantes no Brasil, como a Lei de Férias, o descanso semanal remunerado, a jornada de oito horas, e a regulamentação do trabalho da mulher e do menor.
Na década de 70, os trabalhadores do ABC paulista, nas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema, ganharam popularidade por causa de conflitos violentos com a polícia e por instituírem uma luta forte pelos direitos dos operários. Essa foi a mais expressiva liderança sindical brasileira, comandada por Luiz Inácio Lula da Silva.
Foi o movimento sindical do ABC Paulista que criou as condições para que, em 1980, sindicalistas, intelectuais e representantes do movimento popular se unissem para fundar o Partido dos Trabalhadores, PT.
Segundo o Ministério do Trabalho, a atual situação do sistema sindical brasileiro conta com a existência de 23.726 entidades sindicais com registro no MTE, sendo 23.077 sindicatos, 620 federações e 29 confederações. Ainda existem outros 8 mil sindicatos em processo em tramitação.
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