O primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1934) é considerado como o início da democracia no país, marcado pela conhecida revolução de 1930 que acabou com a República velha com a derrubada do ex-presidente, Washington Luís.
Em 1934, Getúlio permanece no poder sendo eleito pelo voto indireto através de uma Assembléia Nacional Constituinte, fica até 1938 e cria vários benefícios para o trabalhador. Dentre alguns deles, estabelece a jornada de trabalho de oito horas diárias, torna a carteira profissional obrigatória, organiza a Justiça do Trabalho e institui o salário-mínimo em 1940, já previsto em constituição em 1934.
Mas, pressionado pelos militares ele renuncia em 1945 e em 1946 é eleito ainda pelo voto indireto, seu ex-ministro de guerra, o general Eurico Gaspar Dutra. No mesmo ano, Dutra instaura uma Assembléia Nacional Constituinte e promulga a nova constituição, considerada mais democrática que a anterior, a medida que reflete a derrota do nazismo e do facismo na Segunda Guerra Mundial. Mesmo assim, medidas antidemocráticas foram tomadas, tais como, a proscrição do Partido Comunista e a regulamentação restrita do direito de greve e a intervenção em sindicatos.
Quatro anos depois, em 1950, Getúlio retorna ao poder, mas desta vez, eleito pelo povo e permanece até 1954, quando, em agosto, se suicida. No ano seguinte, Juscelino Kubitschek é eleito presidente pelo voto direto com mandato até 1960. Neste mesmo ano, Jânio Quadros vence as eleições sendo o último presidente eleito pelo voto direto antes da ditadura iniciada em 1964, mas ele renuncia em 1961, e seu vice, João Goulart, toma posse, contudo, sua posse só é aceita com a condição de o Congresso instituir o parlamentarismo.
João Goulart, em 1963, organiza um plebiscito para definir entre o parlamentarismo e o presidencialismo, este último vence, no entanto, a democracia duraria pouco devido ao golpe de 1964, seu governo é destruído e os militares tomam o poder. O militar Humberto de Alencar Castello Branco é eleito indiretamente pelo Congresso no mesmo ano e fica no poder até ser substituído pelo general Artur da Costa e Silva em 1967, eleito pelo voto indireto. Mas, devido a problemas de saúde graves, deixa a presidência em 1969. Uma junta militar é organizada para impedir que o vice tomasse posse e a mesma junta elege o general Emílio Garrastazu Médici. O sucessor de Médici seria o general Ernesto Geisel, também eleito pelo Congresso que tomaria posse em 1974.
Nove anos depois, acontece a manifestação a favor das eleições diretas. O movimento se incorpora e ganha o nome de “Diretas Já!”, um acontecimento que previa a redemocratização do país. Em 1984, o deputado Dante de Oliveira apresenta uma emenda constitucional garantindo as eleições diretas, mas, infelizmente é rejeitada pela Câmara dos Deputados. Em 1985, Tancredo Neves é eleito, mas fora substituído pelo vice José Sarney, após sua morte em abril do mesmo ano. Quatro anos depois, acontecem as primeiras eleições diretas desde 1960, quem assume a presidência é Fernando Collor de Mello, que promete acabar com a inflação, moralizar o país e modernizá-lo economicamente, coisas que não fez. Em 1992 Collor é afastado da presidência após ser aprovado o processo de Impeachment, seu vice, Itamar Franco assume interinamente até a renúncia do presidente impedido.
Em 1995, Fernando Henrique Cardoso vence as eleições e é reeleito em 1998, com término de seu mandato em 2002, no mesmo ano que Luiz Inácio Lula da Silva, assume a presidência da república, primeiro representante da classe trabalhadora a assumir o poder do país. Lula, torneiro mecânico e depois sindicalista, criou o Partido dos Trabalhadores.
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