Antes da Revolução Industrial os produtos eram feitos manualmente e, no máximo com a ajuda de máquinas simples. E, dependendo da escala dos produtos, grupos de artesões se organizavam e dividiam a etapa dos processos. Essa produção era feita em oficinas que funcionavam na própria casa do artesão que comandava todo o processo, desde a matéria-prima até a comercialização do produto finalizado.
Com a Revolução Industrial, os trabalhadores perderam o controle da produção pois começaram a trabalhar para um patrão, perdendo assim a posse da matéria-prima, do produto final e também do próprio lucro. Esses trabalhadores começaram a operar as máquinas que pertenciam aos donos das fábricas que passaram a receber todos os lucros, e o trabalho realizado com as máquinas ficou conhecido como maquino fatura.
Desde a Idade Média, na Europa, esse momento vem culminando a evolução tecnológica, econômica e social, com ênfase nos países: Inglaterra, Escócia, nos Países Baixos e Suécia, onde a Reforma Protestante conseguira destronar a Igreja Católica, mas nos países que eram fiéis ao catolicismo, a revolução industrial eclodiu mais tarde em um esforço de se copiar o que se fazia nos países mais avançados tecnologicamente.
Iniciada na Grã-Bretanha, de acordo com a teoria de Karl Marx, a revolução industrial integrou as chamadas Revoluções Burguesas do século XVIII que foi responsável pela crise do Antigo Regime na transição do capitalismo comercial para o industrial. Dois outros movimentos acompanharam esse período, foram eles: a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa que, sob a influência do Iluminismo, assinalaram a passagem da Idade Moderna para a Contemporânea, no ponto de vista de Marx, o capitalismo seria o produto da Revolução Industrial e não causa.
No plano de relações internacionais, no século XIX, foi marcado pela hegemonia mundial britânica. Um período marcado pelo rápido progresso econômico-tecnológico, da expansão colonialista e também das primeiras lutas e conquistas dos trabalhadores. Durante a maior parte deste tempo, o trono britânico fora ocupado pela rainha Vitória (1837-1901) e por isso é conhecida também pela designação de: Era Vitoriana. No final do período, houve uma acirrada disputa entre as potências industrializadas causando diversos conflitos e uma crescente corrida armamentista que culminou mais tarde com o início da Primeira Guerra Mundial (1914), tais causas foram uma conseqüência da busca por novas áreas para colonizar e descarregar a produção maciça que a Revolução Industrial produziu.
Primeiramente, a Revolução Industrial ocorreu na Europa, devido a três fatores importantes: 1) os comerciantes e os mercadores europeus eram os principais manufaturadores e comerciantes do mundo, até então, detendo assim, confiança e reciprocidade dos governantes quanto a manutenção da economia em seus estados. 2) havia também a existência de um mercado que estava em completa expansão para seus produtos, países como: Índia, África, América do Norte e a América do Sul sido estas integradas ao esquema da expansão econômica européia. E em, 3) o crescimento continuo da população, que oferecia um mercado sempre crescente de bens manufaturados, além de uma grande reserva de mão de obra.
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